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Ib.
É raro agora pedestrar-me
por Coimbra em podografia,
a vida é ora para mim
sinonímia de Leiria e
e, como em toda a parte me
aconteceu, o domingo é tristonho,
espécie de solução de
descontinuidade entre a morte e o sonho
até as pombas pela Cidade
parecem macilentas &
mais lentas, é como se
pensassem sentindo que não
gostam do que sentem
pensando-se pessoas.
De fêveras fracas é a
flausina que veio
aquaminerar-se sem grandes
maneiras educadas,
a primeira coisa que fez,
ainda nem se sentado tinha,
foi ir à mesa dos três
carecas cravar um cigarro,
foi esperta, evitou-me num
soslaio por ter percebido logo
que eu estava com cara de
pomba ao domingo pensando-se
poeta ou, o que é pior,
pessoa normal.
Deu-se já ao
deus-das-coisas-para-nada o meio-dia,
hoje o sol já ferra, seria
bom ver o mar sem precisar
dele, como quase
tantas vezes nos acontece a quase todos,
ao contrário quantas vezes
da vida, de que a gente precisa
sem a ver.
Pensei há pouco em Coimbra
só porque sim,
se fosse como nos meses em
que esperei a morte da Mãe,
hoje seria dia de levar ao
Café S. Paulo o bornal,
e ao senhor Manuel &
don’Adelaide o mesmo,
e sentir a lâmina do
Mondego entrando, azul-pomba, no peito.
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