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Leiria, manhã de 12 de Maio de 2013, sábado
Sei de uma mulher e de sua
filha, o homem da casa
fugira delas para a
venezuela-do-costume,
acabaram as duas, uma sem
saber da outra,
por se relacionar com um
rapaz de maneiras
& unhas polidas,
quando finalmente se descobriram
ambas utentes do abraço
dele, chamaram-no a casa
e esquartejaram-no o mais
civilizadamente,
ele ocupou o estúdio das
águas-furtadas,
deixaram-lhe o domingo de
folga,
segundas-quartas-sextas
para a mãe,
terças-quintas-sábados para
a filha,
ele engordou um pouco,
tornou-se algo paxá,
mas no geral a vida ia e
corria bem, entretanto
o contrato dele nos
Correios acabou,
de modo que elas ficaram
felizes até,
tinham e mantinham uma
loja de sementes,
despediram a empregada de
quase toda a vida
e meteram-no lá a ele a
ensacar amostras de girassol
para as feiras e para as
entregas ao domicilio,
o problema foi numa destas
ele se ter deparado
com Clotilde, uma viúva
larga como a vida
de algumas pessoas como
ela, ela-Clotilde chamou-o
à pedra da razão, pôs-lhe
casa na mansarda do prédio
que todo lhe pertencia a
ela, como ele passou a pertencer.
2 comentários:
E aí, a liberdade veio me forma de mulher! Abastada, ainda por cima! Sortudo!
Beijinhos Marianos, Daniel! :))
:)
Outros tantos, Maria.
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