05/11/2009

Rosário Breve nº 128 - in www.oribatejo.pt

Nunca vi um porco com gripe



A famigerada Gripe-A, vulgo Suína, anda por esse mundo afora muito contentinha a papar imbecis que a temem mui piamente. Pouca gente parece ter percebido que a dita epidemia não existe. Mais: que se trata, de facto e deveras, de uma falcatrua à escala planetária das sinistras farmacêuticas, cujo trabalho é inventar doenças para os medicamentos em armazém. Lembram-se das vacas malucas? Lembram-se das galinhas doidas? Que é feito dessas raparigas? Hum?
Cada vez que me aparece no televisor o senhor doutor Francisco George, aquele senhor Director Nacional da Saúde cuja configuração facial, agravada pelo incompreensível risco ao meio, recupera no meu mesencéfalo o terror dos duendes dos contos de mentir à infância, cada vez que aquele senhor me aparece, assim português suave e definitivamente provisório, eu ralho cá para com o meu fecho-éclair: “Mas q´ais gripes ás, pá, mas q´ais gripes ás, pá!...”
De modos que é assim: somos um país de honestos palermas. Em plena República, apareceu a senhora-de-fátima a voar por cima duma azinheira. Cristo espadeirou na Batalha de Ourique. O padre Fontes organiza todos os anos aquela vigarice de Vilar de Perdizes. O Jardim é dono da Madeira. E até o Sporting de Braga, terra de arcebispos e de calhaus dotados de olhos, já mete medo. Não sei que raio faça à nossa vida, sinceramente e de facto e deveras.
À nossa vida, sim, que a Gripe-A teima em transformar em Vida-B. De Burro.

2 comentários:

Petit Joe disse...

Eu chamo essa gripe: a gripe-X, em homenagem a todos os X-ulos que a inventaram.

Rui disse...

É... se calhar julgas que és maior e vacinado. puf...

Canzoada Assaltante