Abrunheiro
enTVIstado (também)
Nota prévia: integro em segredo (até dizer isto) uma
pandilha em rede e-mâilica que se
dedica ao duplo tráfico de fotos de gajas boazonas todas nuas & de bocas anti-Sócrates. Tanto estas como
aquelas nos fazem ficar, a mim como aos meus associados, a modos que aquilo dos
calções da estátua do CR7. Calculai, pois, o espanto dessa minha secreta
maltosa quando isto (a seguinte enTVIsta)
sair a lume público. Vamos a ela:
Foi confrontado com provas pelo juiz Carlos Alexandre?
Vejo que não leu a “nota prévia” ali em cima. O juiz
Carlos Alexandre é homem. É homem e não se chama Sócrates. Ora, eu é mais
gajas.
Que tipo de gajas?
Tipo todas. Estou numa idade de mais caroço do que polpa.
Tenho uma próstata que ainda não brinca em serviço. Por isso, é mesmo tipo
todas que estejam à mão-d’inseminar, se bem me compreende.
Como encara o que está a acontecer e o que tem sido
publicado?
Faço de conta que não é nada comigo. E é que não é mesmo.
O que tem sido publicado é mais João Baptista & Bruno Oliveira. O Joaquim
Duarte é mais o Editorial e ver se
ficou alguma luz acesa às quartas no fecho do fecho. Não, nenhum destes três é
da tal minha pandilha na net.
E os outros colunistas?
Ainda bem que me pergunta isso. Esses é que deveriam estar
todos na preventiva. O Beja Santos por ler mais livros (mas ler mesmo) do que o
prof. Marcelo. O Eurico Heitor por andar sempre a pôr Tomar nos píncaros e
Abrantes na mó de baixo. Os Fernandes Pai & Filho por andarem a desassossegar
(outra vez) o general Eanes. O Luís Eugénio porque sim. O Maia dos cartoons porque também. E o Arnaldo
Vasques idem aspas para não se ficar a rir dos colegas.
O Carlos Cruz não?
Esse não porque eu gosto muito de ir a patuscadas com ele.
E por ser ele a trazer-me, à Perna,
umas malas bestiais lá dos Brasis e das Áfricas onde anda sempre metido a fazer
e(t)nologia.
A tal sua pandilha e-mâilica inclúi alguns dos senhores
acima nomeados?
Não, nenhum. O Maia ainda quis pertencer, mas eu disse-lhe
que não porque gajas desenhadas não fazem saltar o rebite ao pilar. A gente é
mais fotos com elas descalças até ao pescoço.
Então, se o acervo é fotográfico, o Zé Freitas e o Tó
Vieira se calhar são…
A menina não se ponha com reticências maliciosas. Nenhum
deles pertence àquilo. São os dois fotos sim senhor, mas o Freitas é mais
pássaros, não o feminino deste plural; e o Vieira quer é surf: as pranchadas dele são mais de Peniche à
Nazaré.
Você é comunista?
Olha-m’esta… Não senhora, desde que morreu o Eusébio, fez agora
um ano, que nunca mais fui.
Eu disse “comunista”, não desse tipo de encarnado.
A menina desculpe, mas é que voltei a abusar um bocado dos
copos desde que o Salazar morreu.
Morreu mesmo?
Quem, o Pantera Negra ou o Botas? O Rei infelizmente sim.
O outro, isto nunca se sabe. É ver o prof. Adriano Moreira, que anda ali como
se não fosse, ou não tivesse sido, nada com ele.
Um apartamento em Paris é um dos seus sonhos?
Já foi mais. Eu agora é mais sonhos com gajas, não sei se
já lho tinha dito. Assim tipo a menina.
Esteja qu’eto co’ rabo e diga-me: não considera blasfémia
tanta graçola relativa à ‘geminação’ de Évora com a Cova da Iria?
Acho. Mas olhe: o pau carunchoso é pau na mesma, seja para
fazer colheres, seja para fazer santos. É como o papel na rotativa: tanto dá
para fazer um jornal a sério como para fazer O Mirante. A blasfémia é sempre coisa muito relativa.
Muit’òbrigadinha. Penso que está tudo. Já agora, sabe de
algum tasco por aqui onde se coma bem e barato?
Isso é mais com o doutor Fernandes sénior. Mas o melhor é
ir perguntar-lhe já ao aeroporto antes que o bifem preso. Eu nisso do comer,
sabe, eu nisso do comer é mais gajas. O beber pode ser sozinho. E não, eu nunca
disse que o doutor juiz Carlos Alexandre era da minha pandilha. Dizer, não disse.
A menina aceitaria que o Zé Freitas ou o Tó Vieira lhe tirassem umas
pelingrafias em dia de calor?
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