EM SEQUEIRO
Leiria, 20/VII/2013, sábado
Ao sequeiro dos anos, as
imagens verbais
tendem, algumas, a
consolidar-se em pétreo éter.
Inumeráveis &
inomináveis sempre, as aves reais
também escrevem & lêem
também, preciso é ter
pão justo e enxuto arroz
que se lhes ofereça.
Na idade da humidade, os
ossos rangem capciosos,
já o derradeiro Inverno,
em coração & cabeça,
faz dos prazeres ínfimos os
mais capitosos.
Esta tarde, emudecido em
ermo benévolo rincão,
soliloquaz se me volve,
por escrito, a solidão.
Mas dei já a pombas (duas)
e a pardais, uns quatro ou três.
Iço ora o cós das calças,
reordeno os artigos do bornal,
saúdo a senhora Rita, que
fecha p’ra descanso semanal
e vou de soneto feito, como me vês & aqui lês.
e vou de soneto feito, como me vês & aqui lês.
2 comentários:
Vou-me repetir mas... Gosto taaantoooo de te ler, pá!! :)
Leres é cachet, Mad.
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