concede a seu porta-dor a graça
emerge da água mental e acha
débil e robusto cada dia.
Tenho tratado de tratá-lo
e a muitos sítios levá-lo
não só com modos de ensiná-lo
mas dele fazendo cavalo.
De azul muito o ensaboo
não de todo a manhã rompeu
perdoa-me ele e eu lhe perdoo
sê-lo eu a ele e ele ser-me eu.
Caramulo, tarde de domingo, 27 de Agosto de 2006
(trinta anos exactos depois de o meu corpo, comigo a bordo, se ter metido debaixo de uma furgoneta: fractura exposta da tíbia e do perónio da perna direita, mais danos irremediáveis na mona)
2 comentários:
"...mais danos irremediáveis na mona" dá-se logo conta :) Se a moda pega, as furgonetas passam a ter uma nova função.
Está como de costume: belíssimo.
Agora sou eu que faço minhas as palavras anteriores do Paulo! Nem mais.
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