Tantos anos volvidos – plena
bruma
Adoça amarga a interioridade
Do ser que vai estando na
passagem
À bolina de dias repensados.
Já inclinada mais está a
ladeira
Que outrora subiu arborizada.
Panos de relva mui estendem
sombra
De que aves invisíveis tomam
posse.
Silêncios mores estend’ em
lençol o céu
Que a névoa sequestrou por
estas horas.
Laurindo chega à obra, pousa
o saco,
Confere em torno d’ontem os
despojos.
Em vinte anos, tudo
resolvido:
Nem sonetos, nem doce
amargura.
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