A
(C)idade não é um posto, é um pote
A
idade não me tem dado, ou deitado, tudo a perder. O mesmo se passa, ao que
leio, com Santarém, pessoa colectiva bem mais antiga do que a individual minha.
Exemplos? Tenho potes deles. Nomeada e numeradamente, 11 (onze) potes,
que é como quem diz paletes.
Pote
1 –
“Luís Farinha perdeu os pelouros do lixo e dos espaços verdes” – SANTARÉM/2
– FARINHA/0.
Pote
2 –
Cronista voluntário deste Jornal, não sou, nem oficial nem oficiosamente, fornecedor
da Câmara scalabitana, pelo que nem uma linha, nem um parágrafo, nem uma
coluna, nem um dia sequer perco à espera que me pague ela o que aliás me não
deve – EU/IGUAL-AO-LITRO – CMS 423/68 DIAS DE PRAZO/PAGAMENTO.
Pote
3 – Bicampeão
mundial consecutivo de Cálculo Mental, João Bento, estudante da abrantina ES
Manuel Fernandes, é já, aos 13 anos de idade, um dos mais promissores lavadores
das janelas-de-oportunidade emigratório-passoscoelhanas. Isto pelos meus
cálculos, que mentalmente são de uma besta. “Cresce e desaparece” – JOÃO
BENTO/15 EQUAÇÕES-33,66 SEGUNDOS – CUNICULTURA EMIGRATÓRIA/MAIS 1.
Pote
4 – A
Estatística é uma coisa inventada pelos yuppies dos anos 80/XX,
gentalha reciclada, uma vez chegada à idade adulta, a partir dos hippies
cansados de brincar aos Woodstocks e aos Maios/68. Parece que, estatisticamente,
Santarém/Distrito aumentou as suas/dela exportações em coisa de 80% entre 2003
e 2013. Mais 12%, portanto, do que Leiria, a “rival”. E muito acima dos 69,48%
da média nacional para o mesmo período cronológico – SANTARÉM/DISTRITO 80% –
NÃO-SE-NOTA-NADA-DE-ESPECIAL-NA-VIDA-DA-GENTE 0%.
Pote
5 –
O Riachense é um clube-espelho do País. Crise. Portas que se fecham. Ninguém de
jeito que a jeito se ponha e se atravesse. O actual presidente, confesso
não-recandidato ao cargo, já é, se calhar injustamente, tido e dado como
involuntário “coveiro” da popular colectividade de Riachos – LUÍS CARLOS
DIAS 0 – CAVACO SILVA ABAIXO-DE-0.
Pote
6 – “O
presidente da Câmara de Santarém chama a si os pelouros dos Espaços Verdes e da
Higiene e Resíduos Sólidos.” Ora catano! “Farinha” do mesmo saco
(roto, ninguém disse azul…) – TUDO-NA-MESMA 1 – RUAS-DA-CIDADE 0.
Pote
7 – Vale
(valerá mesmo?) que a vereadora Inês Barroso, perdendo embora a “Criança”,
sempre mantém o Canil e o Gatil municipais – ÃO/ÃO 1 – M(I)AU/MARIA 1.
Pote
8 – Desde
6 de Maio último, deixou de haver paparoca no refeitório do CAS/Centro de Apoio
Social. Sem substituição dos trabalhadores afectos àquele serviço entretanto
postos a (des)andar, a panela não ferve sozinha. Mesmo assim, ó Anjos Todos do
Céu e ó Santos Todos dos Andores Todos de Todas as Procissões a Cujas Nenhuma
Falta o Presidente!, o superior edil “reconheceu o excelente trabalho de
apoio social que tem vindo a ser desenvolvido pelo CAS aos seus associados”.
Mas, note-se bem, salvaguardada porém a “completa independência da entidade
ao município” – EXCELÊNCIA 1 –
INDEPENDÊNCIA/BACALHAU-COM-GRÃO-A-3-EUROS-E-MEIO 0.
Pote
9 – Sexta-feira,
15 do corrente, realizou-se na ESGT/Escola Superior de Gestão e Tecnologia de
Santarém um “seminário”. Não daqueles para futuros sacerdotes mas para “líderes
de organizações de Economia Social”. Isto é: para mais yuppies-ex-hippies.
Já cá tínhamos poucos. Não consta que nem o moribundo Riachense nem o CAS
tenham sido convidados. A mim pelo menos não me constou. “Oraram” (aquilo,
afinal sempre era “seminário”…) Maria do Céu Freire, Tânia Graça e João
Serrano – PALEIO & TRETAS 3 –
QUAL-ORGANIZAÇÃO-QUAL-ECONOMIA-QUAL-SOCIAL-QUAL-RIACHENSE-QUAL-CAS? 0.
Pote
10 – “Ouve
bem, mas percebe mal?” é a “manchete” da página 9 (nove) da edição
passada do nosso Jornal. Publicidade devidamente assinalada (como é de lei,
aliás), deve ter recebido 100% de respostas “SIM”. A minha, pelo menos,
foi essa – 100 a 0, portanto.
Pote
11 – “Posto
de Turismo de Santarém ‘esconde’ os folhetos das feiras que se realizam na
cidade”. Calculo eu (desculpa-me lá, ó grande bicampeão João Bento!)
que haja gralha neste título. Se estão escondidos, não são “folhetos”.
Serão mais “falhetos”. Parece que por ordem do sô vereador. E
quem é ele? Claro: o tal Luís Farinha. Folhetos de interesse turístico para a
cidade e para a região? Bota pró lixo! Certo. Bem pode Farinha perder o
lixo. Nós é que o não perdemos a ele. Resultado à vista no contentor mais
próximo de si. Ou debaixo do balcão do Posto de Turismo.
E
pronto. Por esta semana, nem me estico nem marro mais com suas
sumidades (antes sumiços fossem ou levassem…).
Sim,
senhores da página 9: ouvi tudo muito bem mas percebi tudo muito mal.
É
da idade. Ou da (C)idade.
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