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Mais: embora ligeira, pode dar-se “síndrome da
serotonina” quando se associa o mamar fluoxetina em conjunção com lítio,
selegilina, erva-de-são-João, o analgésico tramadol, o triptano para as
enxaquecas & o triptofano até, coitado – pode ser o, ou dar no,
diabo-a-quatro-pintado-a-sete.
Pensareis talvez que estou brincando com coisas sérias
– e estou. Brincar até morrer – dizia um cachopito da minha Escola
Primária que tinha leucemia mas era um rico extremo-esquerdo na mesma. Mas
olhai o caso do “Esfinge Gorda”. Sim, o Sá-Carneiro (o Mário, não o
Chico da avioneta de Camarate). O Mário era de pai com dinheiro, mas nem assim
andava, o filho, com menos ansiedade & menos deprimido. A fluoxetina
poderia tê-lo ajudado, a ponto de se não matar – e logo tão novo & tão em
Paris.
Vai & vem tudo da pastilha certa na vida incerta. Fluoxetinando-se
um gajo, há que cuidar de saber se andam por perto oponentes perigosos tipo
antiarrítmicos das Classes IA e III, antipsicóticos como os que derivam da
fenotiazina, da primozida & do haloperidol, sim, os famigerados
antidepressivos que, apesar de tricíclicos, não são p’a meninos, certos furtivos
agentes antimicrobianos como o John Le Carré, o Graham Greene, o Ian Fleming/James
Bond e ainda a esparfloxacina, a moxifloxacina, a eritromicina (a IV, claro)
e/ou a pentamidina. A misturada arrisca o sector cardíaco, que não é brinquedo. (...)