19/06/2007

Nuno Gabriel Oliveira Dixit - ou então os meninos crescem, carago

Nuno Oliveira
to me
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4:55 pm (3 hours ago)
Ora viva, caro amigo!

Antes de mais, dizer-te que fiquei sem palavras, ao ver que aqueles 1 poemas eram também para mim. Que dizer? Sentir a consideração de alguém que se admira é sempre um prazer enorme!
Queria ter falado contigo sobre o assunto Zé Rui. Conheço relativamente bem o ACERT, e o Zé Rui vem por inerência. A malta já sabe, de "anteontem" (como a fome do Chico Buarque), que ele é um "pintas" com uma disponibilidade enorme para receber aplausos. Enfim, é uma vicissitude deste mundo do espetáculo. Eu por acaso sempre achei que o trabalho notável que era feito no ACERT era em muito devido ao Pompeu, mas se calhar foi porque engracei mais com o homem desde início. Passa-se o mesmo em muitos outros sítios. Ali bem perto de nós, em Coimbra, os "Realejo" são um exemplo gritante: o pessoal só conhece o Fernando Meireles, por todo o mediatismo que assume, quando quem conhece o grupo sabe que o trabalho, a alma, a qualidade do grupo, é devida em enorme percentagem ao génio do Amadeu! Do Zé Rui, a única coisa em concreto que conheço é a sua pouca habilidade como actor. E enfim, alguma aptidão como "recitador" no "Soltar a lingua". Não é nenhum Villaret, mas o homem até se desenrasca bem. De resto, só mesmo o à-vontade com que dá o passo para a frente do palco, na altura dos aplausos!
Obviamente que o desenrolar dos argumentos deixa a coisa clara como a àgua, quer na forma desnorteada como o ACERT (? - todo o ACERT?) os desenrola, quer no teor dos mesmos - colocar a hipótese de que tu próprio tivesses plagiado alguém desconhecido para fazeres 15 poemas, é de uma desonestidade intelectual gritante. Enfim... merdices que acontecem!

Poesia! Muita! Muita e boa! Muita e muito boa! Estás a escrever de forma deliciosa, Daniel! E a um ritmo impressionante. Quando começas a ganhar dinheiro com ela? Ou seja... quando o(s) livro(s), e em que detalhes de edição? Há tanta poesia rasca em cima das prateleiras das livrarias, está na altura de varreres alguma dela, e lá colocares a TUA poesia, carago! A boa poesia é mal-empregue para morar apenas nos blogues!

Bem, e agora mudando radicalmente de assunto (uma vez que falávamos de BOA ESCRITA - eheheheh), remeto-te aqui um textinho meu, que sujeito à tua implacável apreciação. Seria um favor que me farias, se o lesses, e se fizesses a devida "correcção literária". É uma coisa verde (que eu sou verde!), talvez caótica, com inúmeras deficiências... enfim, estou a começar a fazer caminho, tenho noção das minhas fragilidades. Só para contextualizar, trata-se de um conto (o primeiro de uma série de 4 contos encadeados, e confluem, em tempos diferentes, nestes mesmos 2 personagens, e em mais um que surge em dois dos contos seguintes), uma história quase sem história (talvez chata por isso mesmo, mas a ausência de "acção" neste conto inicial foi algo intencional na forma como os pensei, enquanto todo). Deixo-te com este "Último Café em Paris" - trata-se de uma "derivação ficcionada" do "Último Tango...", quase uma coisa "impressionista", um desenho em traço rápido de uma memória do filme que me ficou.
Aguardo um comentário, e mais que isso, os tais "reparos, insultos, e coisital"!

Um grande abraço amigo-irmão,

Nuno Gabriel Oliveira

3 comentários:

Gabriel Oliveira disse...

Eheheh... se soubesse que teria esta exposição, teria cuidado mais a linguagem! ;)

Daniel Abrunheiro disse...

Recebi agorinha este precioso e "acertivo" comentário:

MERCEARIA ACERT VENDE BACALHAU PODRE
“José Rui Martins comparou a ACERT a uma mercearia sobre a qual, a determinada altura, aparecia uma notícia a dizer que vendia «bacalhau podre».
Um cliente habitual, que «já comeu várias vezes, sabe o seu gosto e como lhe soube bem» e não acreditará na notícia, frisou, lembrando que, no entanto, há uma grande parte de portugueses «que não provou esse bacalhau». “ LUSA
Começo por pedir ao Sr. José Rui Martins para nos fazer o favor de não nos presentear com textos seus e se limite a dizer e encenar os dos outros. Pela amostra apresentada – esta extraordinária merdáfora – facilmente chegamos à conclusão de que houve intervenção divina do Daniel Abrunheiro na peça “Andar nas Nuvens”.
Sobre a honestidade intelectual do director artístico da ACERT, convido as pessoas a ouvir o noticiário da Rádio NoAr (é as 19 horas em http://www.radionoar.com/).
Primeiro, José Rui Martins ia suspender a actividade em palco até que “ Daniel Abrunheiro lhe pedisse desculpas ou em tribunal se provasse que o texto era de José Rui”. Agora vem dizer que tudo não passou de especulação dos órgãos de comunicação social e que, “depois de uma semana de nojo”, está pronto para “vestir a farda e regressar ao palco”.
Ora, se Daniel Abrunheiro ainda não pediu desculpas a José Rui Martins e não houve, sequer, entrada do processo em tribunal, quem é que é desonesto?


ACERTivo

profs disse...

Gosto de ti.

Canzoada Assaltante