30/03/2022

REGISTOS CIVIS - 108 (primeiro parágrafo)

 

Hortênsia - 108

                      

Terça-feira, 22 de Março de 2022

 

Anoto quanto posso, não me perguntando nem me respondendo por/para quê. Uma nota: Jacques Doriot: 26.9.1898 – 2.2.1945. Outra: Gastão Belo Cidadestado Valedhive (saber datas). A memória do Dr. Veiga e Moura recitando: “Júlio César, homem de todas as mulheres e mulher de todos os homens.”  Mais outra nota biocronológica: L.F. Céline (27.5.1894 – 1.7.1961). Nótulas afins juncam os meus dias-depressa-décadas. Cada uma delas presenceia o instante perdido em que julguei ganhar tempo. Como esta ingénua, tão ingénua: Antes pessoa de bem que de bens. Sim, já fui selenita. Hoje, propendo mais para m’ir-afonso com tais ingenuidades. Sou fâmulo de clarões idiomáticos. Espeto espontão em relíquias vocabulares. E estudo (em vão, bem o sei) para aguazil. Sofro por maravedis que nunca sobram, antes soçobram apenas. Parte da mente, tenho-a lacrada por certa gafeira viciosa. Não me vejo em acomodatício transe – não (por) agora. Também me não associo (não mais) a foliculários. Se mereço enxovia? Já a terei merecido menos, agora que por escrito penso nisso. (Até este texto mesmo é atrabiliário – mas não faz mal, deixá-lo-me ser.) À brasileira, sou animal-teatino. Esplendente alvoroto de passageiras agonias, perdão, alergias, perdão, alegrias. Tive um amigo, na década de 80/XX, que, proficiente de mente & gordanchudo de corpanzil, fez as minhas delícias oratórias. Pressago destino (m)o levou, em paz (de)more. Vida acerba. Destino mais de terracota que de granito. De escassos, ínfimos, atómicos aprestos disponho. Não me vereis sátiro. Sentir-me-eis acre, isso sim. Bravatas & mofas? Antes estas do que aquelas. Frase-feita, quem não, afinal corteja a morte – pela simples teima de viver? Lerdas merdas, enfim. Pessanha & Wenceslau mirando sampanas. Conchego de (muito) relê-los – meu. Afuselados são os metafóricos dedos do Ceifeiro-Terminante. De altos alcantis cai quem foi feliz. Flamante donzela em cadeirinha de rotim. Ó morte, poterna, mais que prometida, garantia. Ainda assim, enquanto respirante, relutante. E agora: posso eu dizer de diverso modo? Posso, pois. Posso sempre. Pois:



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Canzoada Assaltante