23/07/2005

Por Palavras









Quem, como eu, chega do lado de um mar perdido por palavras, sabe o pouco que a terra vale. Conhece a inutilidade de cada pedra, mesmo aquela pedra onde inscreveram o nome do herói, do poeta, do jogador, do pescador exilado em terra. Tudo é tão triste e limitado, quando se chega do mar perdido por palavras. Pouca esperança nas cercanias eriçadas de fábricas, vivendas construídas com francos suíços, estações gasolineiras - eu tenho pouca esperança, muito menos esperança do que palavras de perder mais outro mar, outro amor invencível e vencido. Siga.



Foto: Paula do Carmo's Bar, Pombal, Outono de 2004
Texto: Pombal, 27 de Janeiro de 2005

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Canzoada Assaltante