11/05/2021

PARNADA IDEMUNO - 339 & 340

© DA.

339

Segunda-feira,
10 de Maio de 2021

    O dia foi melhorado por imagens relativas ao sueco I. Bergman, ao francês L.-F. Céline, ao australiano N. Cave & ao inglês W. Churchill. Fruí-as sem pressa. Também sem pressa, considero certa atitude postal – que tomarei ou não, está por decidir, sopeso a realidade do sim-ou-sopas. Pressa nenhuma.
    Outras imagens tomaram consistência nas horas quase quietas da segunda-feira. Um homem vienense chamado Leo Lania. Um outro: alemão, também Leo mas Schlageter. Um & outro, em extremos opostos nessa furiosa & extremista década de 20/XX. Mais: o brilhante doutor Fritz Kahn. São os anos de Weimar.
    Um século & muitos milhões de mortos depois, o género humano não tem muito de que gabar-se. Há muitíssimo mais progresso (ou vertigem) tecnológico do que civilizacional. Como muito bem aponta o meu Amigo C. Ferrão, “em vez de aumentar a informação e a formação de saber & cultura, as redes-ditas-sociais servem para exponenciar os idiotas.”

340

    Roberto M. usa um Rolex Oyster Perpetual DateJust.
    É um mostrador suave: mostra o Grão-Assassino em flagrante delito.
    Roberto investiga meandros malandros mal’andr’ajosos.
    Quantias de dinheiro emaçado, pequenos lingotes de ouro.
    Drogas, não são com ele. Não lhe cheira tal mundo.
    Antiquários, corretores de apostas, usurários, por aí.
    Drogas, só uma vez: foi ele quem delatou a Miguel C. o autor da morte do irmão deste. Era João O. Miguel arrumou-o em Castelnovo. Roberto não aceitou alvíssaras, preferiu que lhe ficasse a dever o favor – no negócio, faz sempre jeito quem possa valer-nos nalguma eventualidade. Digo eu – mas mais por ouvir do que por de facto pensar assim, não sei, não é comigo, não me cheira, quem me dera mas-era um Rolex igualzinho.

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Canzoada Assaltante