27/06/2005

Jipose

Há aquela piada do fulano que morre do coração. Ou de uma trombose, melhor dizendo. Sicrano, por sua vez, morre do fígado. De cirrose, pronto. E Beltrano morre de jipose. Seguindo dentro de seu belo jipe, foi bater numa árvore e acabou-se-lhe a história.
Pois a piada vem a propósito da manchete do Diário de Notícias de 29 de Maio último: “Jipes caem a pique”. Não os jipes, mas a venda dos mesmos. Parece que há modelos que registaram quebras de quase 100 por cento.
Mauzito e invejosozito como sou, a notícia deu-me um calorzinho íntimo que aqui exponho sem vergonha. É que o meu carro é só um AX(zito) de há seis anos. Mal estimado de chapa e coração, cada vez que o atesto de gasóleo o valor da viatura passa a ser o dobro. Quando as criancinhas da minha rua não querem comer a sopa, ameaçam-nas com uma volta a bordo do meu carro. Misérias.
De modo que a quebra dos jipes me propiciou uma vingançazita tão ridícula como real. Há dias assim, senhores.


O Aveiro, 31 de Maio de 2001

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Canzoada Assaltante