01/08/2013

Soneto desta manhã baseado em casos verídicos

SONETO POR COMPANHIA

Leiria, 1/VIII/2013, quinta-feira



(Em roda volante, corpo-consciência/espaço-tempo.
Singrar sem sangrar, suportar & comportar.
Inda que breve, renda a vida mais que momento.
Estratégia avisada é trabalhar.)

Dois homens desjejuam-se em esplanada.
Café-com-leite-pão-com-manteiga.
Serenos parecem, conversam serenos: nada
os demove em ira, à sombra meiga.

Ao lado, a de mamas grandes (minha vizinha),
vem de algum serviço: é, diz-se, acompanhante.
Vende a própria companhia àquela maltinha

que por si mesma, a não tendo, assim obtém
dois dedos de conversa e outros tantos de espumante.
Nunca a vi com filhos: faz aquilo mas não é mãe.

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Canzoada Assaltante