26/06/2012

IDEÁRIO DE COIMBRA - 22 (um trecho desse dia na Cidade, terça-feira, 22 de Junho de 2010)



Pausa à sombra no Café Abadia. Início da leitura de (mais) um livro de Fernando Namora: Casa da Malta. Tem prefácio do Autor datado da Ereira, Agosto de 1961. Digamo-lo clara e frontalmente: o Namora romancista e o Torga poeta são medíocres. (Escrever/dizer isto do Torga em Coimbra – pode resultar, e oxalá resulte, em indignação e excomunhão coimbrinha; que se lixe, que até – esse sim bom poeta – Armando Silva Carvalho me disse aqui há coisa de três anos, e em plena Coimbra, que “o Miguel Torga não [me] interessa nada”.) Já li muito Namora, isso já. Entretém-me. O Rio Triste até está bem esgalhado. Resposta a Matilde é uma história até bem contadinha. Mas aquela denúncia do Luiz Pacheco lixou-o à fartazana. Nos Textos de Guerrilha (acho que no volume 2, não estou certo já), o Pacheco demonstra à sociedade e à saciedade que o Namora plagiou à força toda o Vergílio Ferreira. Enfim, já morreram todos – Namora, Vergílio, Torga e Pacheco. Eu, como ainda não, vou lendo esta Malta. Nisto, uma boa frase do A. no prefácio:

Nunca se regressa a parte alguma – a não ser quando um homem é já agonia.

2 comentários:

Viriato Teles disse...

Ora ainda bem que não sou só eu a achar o Torga um poeta menor. Dá-les com força.

Anónimo disse...

As pessoas são diferentes. Os gostos também.

Canzoada Assaltante