Descendo a nascente da serra, vimos uma raposa portuguesa cruzando a estrada, embrenhando-se depois na mata. Era como um poema correndo na língua portuguesa. Depois, fotografei a laranjeira estatelada no céu:
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A pele do dia era água. Depois luz e oiro - simultâneos na laranja:

A terra sangra água. A sombra e a luz têm fronteiras definidas. Da água nascemos. As fronteiras são as vidas:
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O tecto da catedral: olhemos para cima, cuidado com os pés e com o coração:
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Caminhamos com os olhos: nunca c(h)egaremos:
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Não temos medo: chegar é ir:
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Morámos aqui muitos anos, há tantos anos: que é feito de nós?
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Voar é sonho antigo. Pousar, também:
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Tinta e papel:
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Preso à memória:
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Sempre sequiosa, a santidade:
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Uma flor negra amanhando o oiro:
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Uma criança invisível:
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Espero agora a noite. Serei servido. O dia foi frio e puro. Na noite, os nomes: Castelões, Coração de Maria, Portela, Ribeiro, Eiras, Quintal, Quinta da Cruz, Vila de Rei. Caramulo.
Noite: também fria e também pura..jpg)
2 comentários:
Simplesmente magnífico o conjunto perfeito das fotografias com as palavras! Bom fim de semana. Beijos.
Não consigo expressar-me de modo diferenre: subscrevo, Paula.
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