3 ejemplos de ostraca con el nombre de atenienses célebres Péricles que finalmente evitó el ostracismo Cimón que fue desterrado en el 461 aC y Aristides desterrado en el 483 aC
I
Recordo para a frente alguma chuva
enegrecendo alguns bosques.
A precipitação era grave como a mente.
À beira do caminho, animais cansados
parecem-se tanto connosco como dois dias
antigos de chuva.
Ando a partir todos os espelhos
que não tenham alguém dentro.
Nascemos para que os rios se saibam vistos.
Casas descem a encosta da montanha,
cheias de parados homens dentro.
Flameja depois a grande ourivesaria da tarde.
Se nos pulsa dentro a tristeza como
um coração suplente, está bem.
Ao lado do copo com água, o livro de outro homem.
Em redor, a cama dele sofre clarões póstumos.
Nisto de nos deitarmos, somos todos irmãos.
Todos uns dos outros tomamos féretros e préstimos.
Uma tela de amianto entre ti e o teu coração.
Flores de costas na água de um tanque.
Chuva descolava o rímel aos olhos da noite.
Pluviais eram as coisas e as demandas.
Dois toques – a pele dos dedos na pele da água.
Tenho dentro muitas coisas partidas.
Parecem coisas etruscas, quando as colo.

Há um livro de uma poetisa portuguesa (e cujo nome ora me escapa) que tem o magnífico título de "Coisas de Partir".
ResponderEliminarO que escreves (essa ideia de colar coisas etruscas) é uma extraordinária "arte poética": a poesia partindo do caos interior; o poeta juntando peças (errando muito, acertando às vezes); a vida como a patética perseguição de algum cosmos (e, já na concretude da palavra, como a edificação de algum cosmos).
Ofício de ourivesaria com base no ouro de que um homem se lembra, certo?
Abraço!
JJC
Certo, é tudo isso e o mais que der à praia seca, King. Fui à procura: chama-se Ana Luísa Amaral, a senhora de "Coisas de Partir". Ainda não li esse. Esta sequência que comecei ontem é mesmo uma colagem literal: vou ali à papelada amontoada e etrusco-lhes com força. Até já, King.
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