Duas intensas sessões de trabalho (reportagem de manhã, estúdio depois de almoço) não impediram, antes propiciaram, o usufruto do descanso ao sol das três da tarde.
O sol acontecia largo, abundante e total como o ar, sendo a causa mais forte da realidade. Ao perto como ao longe, o mundo parecia inocente como um bebé descomunal.
Bocejei ao pé de um tufo de flores amarelas. Abelhas trabalhavam nelas. Um cão castanho, de cabeçorra derretida de sono, sustinha a custo meia pálpebra. Passou no horário a camioneta de carreira. Aos pés, a raspa de cinza das palavras usadas até ao momento. Não exerci o poder da recordação: a província é o presente perpétuo.
Agora, espero que arrefeça, que a Nação progrida e que as abelhas tenham boa sorte, que faz sempre jeito.
Caramulo, tarde de 25 de Maio de 2006
Isto, sim, isto és tu, ou, se não gostares muito, sou eu, está bem?
ResponderEliminarcomvinado, amigalhaço. aperta-me lá esses ossos.
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