Ontem, na minha cidade, estive a ver chover.
Choveu bem.
As pessoas, decapitadas pelas copas negras dos guarda-chuvas, eram só pernas.
Um momento houve em que a precipitação até fazia vapor na calçada.
Tive pena das pombas, obrigadas cedo de mais ao recolher dos beirais, talvez com fome ainda.
Circulei pelas zonas de sombra vaporosa: vapor e rosa.
Fui feliz, quase jovem.
Coimbra, tarde de 19 de Fevereiro de 2006
Quando acordei,
ResponderEliminarainda só olhos de café,
esqueleto de betão armado em marquise semicerrada,
chovia bem
e também fazia sol.
Quando chove e faz sol ao mesmo tempo
sinto-me ao tempo simultâneo,
esvaindo-me numa confusa evaporação em contínua precipitação.
de súbito um punhal
ei-lo que sobe sem dor nem sal.
Cada vez se torna mais interessante. Tenho a sensação de abrir uma embalagem em promoção '2 em 1'.
ResponderEliminarEm se tratando do Daniel, interessante é, literalmente, pouco.
ResponderEliminarMesmo que pestaneje duas vezes em silêncio.
As pessoas, decapitadas pelas copas negras dos guarda-chuvas, eram só pernas: com um sorriso.
ResponderEliminarNão. O 'interessante' não se destinou a definir o que sinto em relação à leitura dos textos do Daniel. Sobre isso não consigo muito bem expressar-me tal é a minha ignorância literária; só sentir mesmo.
ResponderEliminarQuando nasce a nova obra Daniel ?! ... Não quero uma borla mas quero uma dedicatória ?! ... O Arturo reeditou o HUSSARDO ... Tanta humanidade em tão poucas páginas ... para ler obrigatoriamente ... Um abraço, Jorge
ResponderEliminarDog, nunca mis tive notícias...
ResponderEliminarVice
Daniel, amigo-amor-hermano, hace tiempo que no se nada de ti, en realidad no tanto, pues sabes que Ilda esta aqui, en Buenos Aires, conmigo. Entonces hace tiempo que no se nada de ti, por ti.
ResponderEliminarY ya es tiempo, llueve a veces con furia de último día y a eso le sucede una tórrida mañana de inicio de los tiempos y siempre es así; y nunca se donde estás (estoy).
Como siempre
Te beso
Gabriela